Se um novo dia traz o mesmo sol,
com um brilho diferente,
quero ser a cada dia
a mesma Olga
irradiando uma luz
que possa pacificar alguém...
*
QUERO TE AMAR
Quero te amar
como o mar ama a praia
e a beija toda hora
num vai e vem
a lamber e lhe tocar.
Quero te amar
como a lua ama a noite
que lhe permite brilhar
e esconder-se entre as nuvens
para poder te beijar.
Quero te ama
como a flor ama a águ
que mata a sua sede
de viver,
de crescer e embelezar.
Quero te amar
todo dia,
sem relógio para marcar
o tempo que estamos juntos
porque o tempo
para nós
é o tempo de amar.
...de se amar...
(Olga Cabreira)
*
Esperança
O lago da esperança
cria uma leve onda
e vai se debruçar nas areias
do mas e da fé.
A espera não cansa
porque sabe que virá
uma outra onda serena
trazendo as realizações
dos seus mais profundos
sonhos e aspirações.
Na esperança e na fé
sempre a bruma macia
do amor que acalenta
do consolo que alivia.
(Olgacy Cabreira)
psicografado em CPAK.
*
"Não posso
Não posso dizer, vai
Não posso
Tantas vezes você foi
E voltou
Porque eu te chamei
Porque tu quis estes voltar
Voltou pouquinho
Devagarinho
E saiu de solaio
Encoberto em mentiras
Eu preferi dizer: fica!
Mas eu te vi
E eu te encobri
eu não quis ver
Fica mais uma vez
E faz meu coração sangrar
Machuca meu sentimento
De amor
esse amor que não quer
ficar sem seu grande amor
Não posso dizer vai! Não!
Não posso;
faz meu coração sangrar
Machuca meu sentimento
De amor... só amor...
(Olga Cabreira)
*
"Sem Você"
Porque tristeza a gente sente
E saudade dói demais
E quando chega a noite
A solidão bate a porta
Não queria abrir
Mas ela insiste em entrar
Fecho os olhos
Escondo o rosto nas mãos
Mas ela não quer me escutar
Vai saudade
Vai solidão
Aqui tu não podes ficar
Tenho que sair
Tenho que bailar
Mas ela me leva e me traz
E novamente
Eu e tu, saudade
Vamos juntinhas deitar
*
As vezes nem eu mesmo me entendo
E como vou querer que alguém me entenda?
As vezes eu tenho raiva de mim
E como eu vou querer que me amem?
As vezes eu quero sumir
E como vou querer encontrar alguém?
As vezes esqueço as palavras
E como vou querer que me digam o que quero ouvir?
As vezes eu deixo perder
E como vou querer conquistar?
Sou tudo de mim
Sou um nada sem fim
Sou âncora, sou margem
Sou oceano,céu carmim
Sou vento, sou brisa
Sou eterno ir e vir
Sou cigana perdida
Sem ter para onde ir.
*
*
As vezes nem eu mesmo me entendo
E como vou querer que alguém me entenda?
As vezes eu tenho raiva de mim
E como eu vou querer que me amem?
As vezes eu quero sumir
E como vou querer encontrar alguém?
As vezes esqueço as palavras
E como vou querer que me digam o que quero ouvir?
As vezes eu deixo perder
E como vou querer conquistar?
Sou tudo de mim
Sou um nada sem fim
Sou âncora, sou margem
Sou oceano,céu carmim
Sou vento, sou brisa
Sou eterno ir e vir
Sou cigana perdida
Sem ter para onde ir.
*
Passei uma vida buscando em mim
Um sentimento que eu nem sei pra que
Uma harmonia que se perdeu
Um amor que nem aconteceu.
Passei a vida inteira me olhando
Porque diziam pra gente se conhecer
E de repente levanto meus olhos
E vejo um mundo novo louco pra me ter
Passei este tempo de vida brincando
Com as palavras a cantar poesias mil
E eis que me encontro sozinha neste instante
Com um verso que olha pra dentro senil
Passei um bom tempo me olhando sozinha
E não vi tanta coisa ao redor
Amigos sozinhos, doentes, carentes
E eu não estava pra lhes dar meu amor.
*
Amor?
Que amor?
Se nunca senti
Esse sentimento tão puro, tão lindo
Que em muitos de meus versos
Em vão escrevi.
Mas hoje me olho e me vejo
Com um olhar sereno e feliz
Porque aprendi sofrendo e sorrindo
Que colocar-se no lugar do outro
É por um momento
O sentimento mais lindo,
mais lindo, mais lindo...
*
As vezes nem eu mesmo me entendo
E como vou querer que alguém me entenda?
As vezes eu tenho raiva de mim
E como eu vou querer que me amem?
As vezes eu quero sumir
E como vou querer encontrar alguém?
As vezes esqueço as palavras
E como vou querer que me digam o que quero ouvir?
As vezes eu deixo perder
E como vou querer conquistar?
Sou tudo de mim
Sou um nada sem fim
Sou âncora, sou margem
Sou oceano,céu carmim
Sou vento, sou brisa
Sou eterno ir e vir
Sou cigana perdida
Sem ter para onde ir.
*
Vazio
Pensei que não tivesse tanto medo
Pensei que fosse corajosa e valente
Pensei que estivesse madura e segura
Só pensei... me enganei.
Os medos pairam no ar
Sussurrando no meu ouvido
E eu me escondo nas sombras
Para disfarçar a covardia
Que insiste em ironizar
Dia e noite, noite e dia.
Olho meu rosto marcado
Pela vida e o sofrimento
Onde está a mulher madura?
Ou é uma criança por dentro?
Guerreira? Ah! Que
ironia!
Este destino me traz
Brigando pelos seus sonhos
Que insiste em realizar!
Pra que? Se a vida passa
Tão depressa e se vai
E os sonhos se perderam
E não voltam nunca mais...
*
ORGULHO E RENÚNCIA...
de: J. G. de Araújo Jorge
Não penses que a mentira me consola:
parte em silêncio, será bem melhor...
Se tudo terminou, a tua esmola
meu sofrimento ainda fará maior...
Não te condeno nem te recrimino,
ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino
nem tu podias contrariar o teu !
Sofro, que importa? mas não te censuro,
o inevitável quando chega é assim,
- se esse amor não devia ter futuro
foi bem melhor precipitar seu fim...
Não te condeno nem te recrimino,
tinha que ser! Tudo passou, morreu!
Cada qual traz do berço o seu destino
e esse afinal, bem doloroso, é o meu!
Estranho, é que a afeição quando se acabe
traga inútil consolo ao nosso fim
quando penso, que ainda ontem, - quem o sabe?
tenhas sentido algum amor por mim...
Não procures mentir... Compreendo tudo.
Tudo por si justificado está:
- não tens culpa se te amo... se me iludo,
se a vida para mim é que foi má...
Vês? Meus olhos, chorando, estão contentes
Não fales nada. Vai ! Ninguém te obriga
a dizeres aquilo que não sentes,
nem eu preciso disto minha amiga...
Parte. E que nunca alguém sofrer te faça
o que sofri com o teu ingênuo amor;
-pensa que tudo morre, tudo passa,
que hei de esquecer-te, seja como for...
Pensa que tudo foi uma tolice...
Só mais tarde, bem sei, - compreenderás
as palavras de dor que não te disse
e outras, de amor... que não direi jamais !
*de: J. G. de Araújo Jorge
Não penses que a mentira me consola:
parte em silêncio, será bem melhor...
Se tudo terminou, a tua esmola
meu sofrimento ainda fará maior...
Não te condeno nem te recrimino,
ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino
nem tu podias contrariar o teu !
Sofro, que importa? mas não te censuro,
o inevitável quando chega é assim,
- se esse amor não devia ter futuro
foi bem melhor precipitar seu fim...
Não te condeno nem te recrimino,
tinha que ser! Tudo passou, morreu!
Cada qual traz do berço o seu destino
e esse afinal, bem doloroso, é o meu!
Estranho, é que a afeição quando se acabe
traga inútil consolo ao nosso fim
quando penso, que ainda ontem, - quem o sabe?
tenhas sentido algum amor por mim...
Não procures mentir... Compreendo tudo.
Tudo por si justificado está:
- não tens culpa se te amo... se me iludo,
se a vida para mim é que foi má...
Vês? Meus olhos, chorando, estão contentes
Não fales nada. Vai ! Ninguém te obriga
a dizeres aquilo que não sentes,
nem eu preciso disto minha amiga...
Parte. E que nunca alguém sofrer te faça
o que sofri com o teu ingênuo amor;
-pensa que tudo morre, tudo passa,
que hei de esquecer-te, seja como for...
Pensa que tudo foi uma tolice...
Só mais tarde, bem sei, - compreenderás
as palavras de dor que não te disse
e outras, de amor... que não direi jamais !